[...]
Brízida — Hou lá da barca, hou lá!
Diabo — Quem chama?
Brízida — Brízida Vaz.
Diabo — E aguarda-me, rapaz?
Como nom vem ela já?
Companheiro — Diz que nom há-de vir cá sem Joana de Valdês.
Diabo — Entrai vós, e remarês.
Brízida — Nom quero eu entrar lá.
Diabo — Que saboroso arrecear!
Brízida — No é essa barca que eu cato.
Diabo — E trazês vós muito fato?
Brízida — O que me convém levar.
Día. Que é o que havês d'embarcar?
Brízida — Seiscentos virgos postiços e três arcas de feitiços que nom podem mais
levar.
Diabo — Ora ponde aqui o pé...
Brízida — Hui! E eu vou para o Paraíso!
Diabo — E quem te dixe a ti isso?
Brízida — Lá hei de ir desta maré.
Anjo:— Eu não sei quem te cá traz...
Brízida —Peço-vo-lo de giolhos . Cuidais que trago piolhos .
Anjo — Ora vai lá embarcar, não estás importunando.
Brízida — Pois estou-vos eu contando o porque me haveis de levar.
Anjo — Não cures de importunar, que não podes vir aqui.
Brízida — E que má hora eu servi, pois não me há de aproveitar!..[...]
Os verdadeiros amigos não são os que alegremente nos seguem, mas sim os que apontam nossos erros, e aconteça o que acontecer, permanecem ao nosso lado!
ResponderExcluirMaria Amélia, 1ºA
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